terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Wing Chun - Do Conhecimento Teórico a Aplicação Prática Real

 Uma matéria escrita pelo ShiFu Hudson William para seu site: www.hudsonwillian.com.br

Este artigo tem por finalidade tentar colocar o leitor em consonância com a realidade do sistema de treinamento Applied Wing Chun que recebi de meu Shifu e Sikung.
Basicamente podemos dividir em duas etapas de treinamento para, de forma singela, chegar ao clímax do entendimento.
Ao entender o treinamento teórico e sua diferença da Aplicação prática, o leitor poderá com facilidade notar a diferença entre nossa escola e demais vertentes do Wing Chun pelo mundo.
Ao me referir a “nossa escola”, estou me referindo a Applied Wing Chun, sendo que para facilitar a narrativa e torná-la menos cansativa, utilizarei o termo “AWC” Applied Wing Chun”.
Insta salientar que esta explanação é fruto de minha experiência ao longo de mais de 20 anos de artes marciais e do farto convívio com meu Shifu, bem como minhas viagens de treinamento para com o Wing Chun em três países diferentes e pelo Brasil a fora.
Conhecimento Teórico.
A princípio, o leitor deve já ter feito seu prospecto em sua mente da seguinte forma: “Conhecimento teórico é o que tange aos princípios elementares do sistema Wing Chun”, ou seja, ataque e defesa simultâneos, linha central, chutes baixos etc.
Pois bem, para que o caminho que proponho dentro de minha explicação não venha  ser desviado por conta da experimentação e conhecimento pretérito de cada leitor, explicarei com detalhes o ponto onde quero chegar.
O conhecimento teórico se refere a totalidade das técnicas ensinadas no inicio de cada nível de aprendizado, quer seja Siu Lin Tao, Chun Kiu ou Biu Jee, sendo estes treinamentos estáticos, pré ordenados, com golpes previamente combinados entre os praticantes. Ex: Treinamento de Pak Sao, Tan Sao, Kan Sao, Socos etc.
Ainda se incluem na parte teórica o treinamento de base, socos e chutes em aparadores partindo de um ponto definido, bem como  as formas (taolu) de cada nível, Tan Chi Sao e Seong Chi Sao.
Após o iniciante ter coordenação motora, conhecer os ângulos de cada técnica estática ou ainda com deslocamentos previamente estabelecidos, pode-se dar inicio ao treinamento prático no sentido que eu irei apresentar.
Neste momento você pode estar se perguntando: “Mas este já não é o treinamento prático?”
A resposta para sua pergunta pode ser sim e não, depende do ponto de vista de quem ensina.
A razão de esta resposta ser dúbia é simples: Tudo que é previamente acordado em Wing Chun ou em qualquer outra arte marcial que seja deve ser denominado como Treinamento Teórico.
A Razão assiste a explanação acima, senão vejamos:
O praticante “A”  tem a incumbência de desferir golpes retos com os braços, quando o praticante “B” tem por objetivo defender tais movimentos pré-determinados de “A”, o que caracteriza um treinamento teórico, uma vez que, na prática REAL, tais ataques não podem ser previamente acordados.
Neste diapasão, podemos e devemos denominá-lo de treinamento teórico, pois  se faz uso de tais “ritos” para desenvolver um conceito e analisar um tipo específico de atuação.
Assim, conforme narrado no exemplo acima, o praticante “A” não poderá inovar a qualquer momento, ou seja, não poderá variar seus socos, agarrar, chutar ou qualquer outra conduta sem que a mesma esteja previamente estabelecida entre as partes, tornando-se assim um treinamento teórico do ponto de vista de luta real.
Neste ponto é que os sistemas de Wing Chun em sua grande maioria se aproximam desta forma, tudo que sai desta esfera torna-se difuso do que a maioria destes praticantes conhecem.
Aplicação Prática.
Esta esfera é a que faz com que haja a diferenciação entre os praticantes de todas as artes Marciais, em especial aos praticantes de Wing Chun.
A liberdade no treinamento de sparring é a realidade que levará o praticante a desenvolver a aplicabilidade do sistema e não há como fugir desta situação quando o objetivo for o de se tornar um lutador.
O âmago do sistema deve ser sempre colocado em primazia, ou seja, a suprema realidade da defesa pessoal.
Nesta fase do treinamento, o praticante após ter adquirido o conhecimento teórico dos ângulos, da energia de cada golpe, do tempo de execução, dos reflexos primários, linhas lateral e central, quadrantes expostos e fechamentos dos mesmos, bem como amplitude de cada técnica, terá o mínimo de condições para ser bem sucedido na parte prática, ou seja, no chamado sparring livre.
Desta feita, é necessário salientar que cada praticante tem um tempo para apresentar a compreensão devida para seu sucesso em luta, deve se ter em mente que o treinamento deve se aproximar ao Maximo do confronto real, pois na prática o desenvolvimento do equilíbrio psicológico e emocional deve caminhar em consonância com a técnica.
Como diz meu Sikung Duncan Leung: “O Wing Chun é tão simples que as pessoas complicam”. Seguindo este conceito, consigo entender porque tantos praticantes tendem a focar em tudo no Wing Chun, menos na parte marcial.
Com  o treinamento de sparring livre, deve se utilizar oponentes mais altos, mais baixos, mais fortes, mais fracos, mais rápidos etc., pois desta maneira as técnicas serão lapidadas e o praticante conhecerá as técnicas de seu arsenal que mais lhe trazem confiança e as que devem ser mais praticadas melhorando a fluência.
Comumente no AWC, desenvolvemos o treinamento do chamado “circulo”, onde o praticante é cercado por oponentes que desferem golpes pré-ordenados no intuito de treinar  quem esta no centro, porem, esta é a primeira fase do treinamento, logo após, os golpes não serão mais pré ordenados e o praticante de AWC deverá responder de forma fluente aos ataques intentados.
A fase que não pode ser ignorada e que muitos praticantes tendem a se esquivar é a de combate livre, onde com a proteção básica, como capacete e luvas de MMA devem ser realizados de forma freqüente, oportunidade impar de testar seus conhecimentos e lapidar as técnicas e sentimentos buscados na construção de um lutador.
No quesito de combate livre, não se deve impor regras e mais do que isso, deve se buscar oponentes das mais diversas modalidades, pois somente assim, poderá o então aspirante a lutador se deparar com situações adversas a ponto de qualificá-lo em seu treinamento, abandonando o conjunto de teorias e passando a experimentação propriamente dita.
Esta fase eu acredito ser a mais dolorosa para o praticante, pois terá que lidar com as dores e traumatismos provenientes do contato físico do combate, além de ter que controlar seu emocional em busca do objetivo almejado, ou seja, formar-se um lutador.
Quantas pessoas acham que são lutadoras por treinar artes marciais? Pois bem, não basta treinar artes marciais para se tornar um lutador, a questão esta em como treinar...
Conclusão
Este texto é muito singelo sobre o tema, serve apenas como referência para levar o praticante a uma reflexão mais acentuada sobre sua condição no universo das artes marciais em especial ao Wing Chun, e desta forma, lembro-me de uma matéria escrita por meu Shifu Li Hon Ki em uma revista já extinta, mas muito famosa na década de 90, chamada “Revista KIAI”, onde ele falava: “Um bom professor é como um médico, que pode curar seu paciente ou levá-lo a óbito, pois seu treinamento poderá alimentar sua ilusão, ou prepará-lo para enfrentar os desafios advindos”.
Agradeço ao meu Shifu pela paciência nas longas horas madrugada adentro que conversamos sobre nosso sistema e a realidade da aplicação na luta, pois sei que na analogia acima descrita ele foi o melhor médico que já conheci.

* Texto retirado do original publicado no site: www.hudsonwillian.com.br

  "Agradeço  a meu Shifu, Hudson Willian, por deixar-me divulgar livremente suas idéias, as quais, com as quais e pelas quais me identifico e busco compreensão do Sistema Applied Wing Chun, assim como com de toda minha existência dentro das Artes Marciais Chinesas". Sihing Everaldo Santos

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Inauguração do Yip Man Memorial Museum


Foi inaugurado o

Yip Man Memorial Musiam o qual já tem a foto do SitaiKung Duncan Leung e que tambem terá do Sikung Li Hon Ki. Pelo site dá para ver muitas coisas mais....Acessem

*fonte:
  postado inicialmente pelo Shifu Florentino em sua página da Applied.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Currículo de Medalhas:


Alguns dos brindes que adiquiri durante os anos em que competi. Espero voltar aos campeonatos logo


     
18/05/2003 – Camp. Paulista – U. G. A. B.– 3º Lugar Técnicas de Mãos do Sul;

09/08/2003 – Camp. Paulista – F. P. K. T.– 2º Lugar em Combate;

16/05/2004 – Camp. Paulista – U. G. A. B.– Campeão Técnicas de Mãos do Sul;

01/08/2004 – Camp. Paulista – U. G. A. B.– Campeão Técnicas de Mãos do Sul;

21/11/2004 – Camp. Brasileiro – U. G. A. B.– Campeão em Combate;

21/08/2005 – Camp. Paulista – U. G. A. B.– 3º Lugar Técnicas de Mãos do Sul;

02/10/2005 – Camp. Paulista – F. P. K. T.– 3º Lugar Técnicas de Mãos do Sul;

02/10/2005 – Camp. Paulista – F. P. K. T.– Campeão em Combate.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Convite: Campeonato Brasileiro e Inter Estados

Campeonato Brasileiro e Inter Estados

11 de Dezembro2011


Local: Ginásio do Esportes Clube Banespa - Av. Santo Amaro, 5355 - Santo Amaro - São Paulo
Horário: Abertura Oficial as 09:00Hrs

Realização:
Confederação Brasileira de Artes Marciais Chinesas - C.B.A.M.C.
Federação Paulista de Kuoshu Kung Fu Tradicional  - F.P.K.T

Mais informações: 11- 5671-6054 ou 11-7240-5222

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Seminário com correção e novas técnicas de Wing Chun

Presenças do Shifu Hudson Willian e do Sikung Li Hon Ki





Esta é uma pequena porção da Familia Applied Wing Chun de Bauru, a qual me orgulho em fazer parte....


Na sexta feira, dia 21 de outubro, realizou-se em Bauru – SP o seminário anual de Wing Chun com o nosso Sikung o Grandioso Mestre Li Hon Ki, que nos honrou com sua presença e sabedoria durante todo o seminário, participando ativamente de todo o evento. Após o seminário de forma descontraída, nosso Sikung juntamente com nosso Shifu, o Mestre Hudson Willian, nos deu dois privilégios únicos: tirar fotos livremente tanto da família como individualmente com os dois; e um jantar em um restaurante de comida chinesa. Todos reunidos à mesa com nossos Mestres. Uma sensação única a cada pergunta respondida pelo Mestre Hudson ou pelo Grão Mestre Li Hon Ki. Falamos de filosofia, família, amizades, Wing Chun Kune, China e sobre o curso de “An-MoTui Na” que o Grandioso Mestre “Kay” ministraria no dia seguinte.
As coisas são bem diferentes quando treinamos com um Mestre. Veja bem, caro leitor, não me refiro desta forma para diminuir ou comparar as pessoas ou os títulos, mas apenas para mostrar o quão diferente tornou-se minha vida após o encontro com o Shifu Hudson Willian (Mestre da 9º Geração de Wing Chun Kune). Toda minha visão de amizade, família, filosofia e principalmente minha imagem mental sobre Kung Fu mudaram totalmente. Basta ler meu blog desde o início observando as datas e verá que após o início das aulas de Wing Chun minha atitude marcial assim como minha postura mental mudou bastante e vem mudando cada vez mais.
Antes, apesar de treinar a muito tempo, sentia que faltava algo. Perguntas que fazia aos professores muitas vezes ficavam vagas em suas respostas ou mesmo algumas técnicas acabavam por serem compreendidas de forma errada não pelo fato de os mesmos não conhecerem estas, mas por um fator único que meu Sikung sempre cita durante suas palestras, algo chamado “sentimento”.
Sikung Li Hon Ki sempre cita que cada pessoa tem uma forma diferente de pensar, um sentimento diferente quando se refere ao próprio Kung Fu. Ele mesmo se mostra humilde ao dizer com as próprias palavras: “Eu ensino de um jeito, o aluno aprende, mas expressa de outro jeito, com outro sentimento, dentro da linhagem, porém diferente, inovador ou não. Isso pode, porém não pode fugir a realidade do Sistema, ao código da família.”
Essa frase diz claramente que cada um tem um coração, um espírito diferente e que contanto que não fuja a linhagem o Kung Fu que cada um compreende provavelmente será verdadeiro. Isso me remete as pequenas dúvidas filosóficas que eu tinha quanto ao Hung Gar e outros estilos de Kung Fu:
“Por que eu não conseguia entender toda a dimensão do Hung Gar nem enxergar o potencial nos dias atuais que o Sistema mostrava em seus dias de Glória (por assim dizer quando trato do passado de 100, 200, 300 anos atrás)?”
“Por que meu Shifu Carlos me explicava, mas eu não conseguia entender plenamente os ensinamentos gerando uma separação amistosa, porém desnecessária que me renderam cinco (05) anos longe do caminho verdadeiro do Kung Fu?”
Simples: Sentimento! Cada um tem um sentimento quando aprende. Cada um tem seu próprio universo interior chamado discernimento, compreensão. Após alguns meses treinando também sob tutela do meu mestre, que prefere ser chamado apenas de Shifu comecei a expressar melhor esse sentimento marcial. Sentimento que remete a novas visões relacionadas a conceitos de “retidão, compreensão, expressão de sentimentos, família, amizade”. Conceito que me mostra parte do imenso universo filosófico e espiritual abrangido pela filosofia da vida Kung Fu. O real conceito de San-Fa.
Convém plenamente dizer que o Kung Fu não te obriga a mudar de religião, de Deus, de filosofia, ou seja, lá qual for o caminho que você escolheu para sua vida. O Kung Fu apenas  serve como uma antena que amplifica seus sentidos na direção do caminho correto, ajudando a melhorar o que você já tem de bom e a disciplinar as áreas que te causam algum dano, seja na sociedade, família ou mesmo dentro de sua religião. Espero plenamente dentro de minha crença na vida Kung Fu que tenha sido possível mostrar um pouco do que tenho sentido e descoberto nesse novo nicho filosófico que descobri dentro de minha arte marcial.
Deixo para vocês dois pensamentos. Um eu captei de meu Shifu: “Quando o discípulo estiver pronto, o Mestre aparecerá. Então não se apresse em ser o maior, apenas esforce-se para alcançar realmente o seu melhor.” O Segundo eu ouvi da boca do nosso Sikung Li Hon Ki: “Ninguém é melhor do que ninguém. Você precisa do seu parceiro de treino assim como ele precisa de você, assim como você precisa do seu irmão, esposa, pai e mãe até do seu Deus para evoluir cada vez mais.” Logo não queira ser melhor que os outros, pois no fim os outros acabarão sendo melhores que você.
Quem é Quem...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Entrevista com o Shifu Hudson Willian para o Site Kali-Rio




1- Olá mestre Hudson, obrigado por aceitar o nosso convite para uma entrevista. Você poderia começar falando sobre você e seu começo nas artes marciais?

Iniciei minha pratica nas artes marciais no Judô, mas considero mesmo o ano de 1989 quando iniciei no Kung Fu o qual sigo até hoje e que é a base de todo meu conhecimento e de minha busca. Percorri alguns caminhos na seara das artes marciais no intuito de saciar minhas curiosidades na busca do conhecimento da luta e da filosofia oriental. Obtive um pouco de conhecimento sobre karate, taekwondo e alguns estilos de kung fu, porém, minha maior busca sempre foi no sistema Wing Chun.

2- Hoje você é representante do mestre Li Hon Ki no Brasil. Como foi que vocês se conheceram e como foi o início do seu treinamento?

 Na verdade sempre acompanhei o trabalho de meu Shifu Li Hon Ki pelas revistas, uma vez que mesmo tendo nascido em São Paulo, com apenas 4 anos fui morar no interior do Estado, na cidade de Bauru. Desta forma, com a idade de 16 anos tive a primeira oportunidade de iniciar meus treinamentos sobre os auspícios do Mestre Li hon Ki, em sua academia no bairro da Liberdade em São Paulo.
Com o tempo, na relação Mestre discípulo, invariavelmente somos levados a seguir os passos daqueles que nos guiam, desta forma, tomei conhecimento que dentre os estilos treinados pelo meu Shifu, um deles era o Arnis de Mano.
Esta relação entre Wing Chun e Arnis se iniciou com o relacionamento entre Don Inosanto e Bruce Lee, trazendo uma maior popularidade ao estilo filipino que comunga em muito com os princípios de Wing Chun, razão pela qual, até hoje os praticantes acabam se aproximando de uma arte através da outra.

3- Como você enxerga a relação entre Wing Chun e Sanshou?

 Na verdade enxergo ambos com objetivos diferentes, não os comparando, mas sim como eles se encaixam em minha busca pessoal. Desta forma, busco no sanshou (sanda) as características inerentes ao esporte de luta e suas limitações, a parte esportiva da "arte marcial" já que o Wing Chun não me proporciona isto. Quando me refiro à parte esportiva estou me referindo principalmente ao quesito luta, onde encontramos uma série de regras e ordenamentos que inexistem no Wing Chun, o que faz com que o sistema Wing Chun seja muito direto visando o confronto real - onde se aplicarmos corretamente as técnicas fica difícil lutar sem que haja o risco de graves lesões contra seu oponente. Assim uso ambos os estilos para saciar minha busca e realização no âmbito marcial.

4- O nosso blog é sobre FMA, assim, você poderia falar um pouco sobre a relação do Arnis com o mestre Li Hon Ki?

 Como anteriormente citado, despertei o interesse pelo Arnis por inspiração de meu Shifu. Acreditando que ele sempre buscou sistemas eficazes e partindo da premissa que "conhecimento não ocupa espaço”, comecei a perguntar sobre o sistema e em pouco tempo de conversa já estava muito ansioso para sentir na prática toda sua aplicabilidade.
Incentivei alguns alunos de meu Kwoon a conhecerem o sistema após algumas aulas particulares com o Mestre Li Hon Ki e assim, montamos um grupo de treinamento intensivo e regular, passando a trazer meu Shifu a minha cidade mês a mês no intuito de aprender esta arte marcial singular.
Não demorou a que procura aumentasse cada vez maios pelo sistema e rapidamente a paixão contaminou a todos.
Desta forma, quando viajei a treinamento com o Mestre Li Hon Ki para a China, manifestei meu interesse em passar pelas Filipinas, na busca de conhecer mais sobre Arnis e as linhagens existentes no berço da arte. Tendo a aprovação dele, estamos planejando uma viagem que englobará em seu roteiro além da China, também as Filipinas.

5- Como que foi aprender Wing Chun, Sanshou e Arnis? Qual a relação que você enxerga entre essas artes?

 Como lhe falei, cada arte tem sua magia e dentro do meu ponto de vista, cada uma tem um enfoque especial. Posso definir esta trilogia marcial em minha vida da seguinte maneira: Wing Chun - Sistema que me leva ao cume da defesa pessoal real de mãos livres, onde me sinto confortável e confiante no resultado rápido e satisfatório dos treinamentos.  Sanshou - É o aspecto esportivo da minha vida marcial, o ponto que converge a pratica voltada ao hobby das artes marciais, ou seja, é um meio onde posso liberar as técnicas sem colocar em alto risco meu oponente, pelo simples fato de respeitar as regras existentes, as quais foram criadas para preservar a integridade física dos oponentes.  Arnis - é o ponto crucial da defesa pessoal realista com armas, pois seu desenvolvimento marcial no âmbito da defesa pessoal é espetacular, e creio que contra um oponente, mesmo  que este tenha conhecimento em artes marciais e estando desarmado, defrontando se com um lutador de Arnis terá poucas chances de se sair bem, para não dizer nenhuma. Desta forma entendo que cada sistema que treino me respalda e me satisfaça em um aspecto de minha busca marcial.

6- Qual a sua opinião sobe o cenário hoje do FMA (Arnis, Kali, Escrima), no Brasil? 

Acredito que pela falta de divulgação, o FMA se encontre muito atrasado em relação a outras artes marciais. A maioria da população nunca ouviu falar e os clãs de FMA ainda são muito reservados.
Acredito que este quadro só mudaria com atitudes globalizadas em união para a propagação e divulgação dos sistemas, sem buscar exaltar o ego de ninguém, mas pelo puro desejo de trazer ao grande público amante das artes marciais esta pérola Filipina que já se encontra há anos em nosso meio.

7- Muitas pessoas ingressam em uma escola de artes marciais pensando em defesa pessoal. Qual sua opinião sobre?

 Eu ainda acho que é uma boa busca. Levando em consideração que encaro o termo "defesa pessoal" de forma bastante amplo, abrangendo até mesmo o âmbito psicológico da pessoa. Assim as artes marciais ainda tem um papel importante na lapidação dos guerreiros modernos, na busca de alicerçar a construção  de vencedores, aumentando a auto-estima, criando auto-suficiência e fortalecimento de caráter e espírito.
Acredito que se a prática fosse mais popular como era na década de 80, 90, poderíamos estar com um importante mecanismo de batalha contra as drogas, criminalidade e outros problemas que assolam nossa sociedade.

8- Muito obrigado pelas suas respostas! Gostaria de deixar alguma mensagem para os nossos leitores?

 Eu agradeço a oportunidade de participar deste maravilhoso trabalho sobre a FMA e deixo o convite para que praticantes de artes marciais, sejam elas quais forem, bem como não praticantes a experimentarem para ver o que as artes marciais filipinas têm a oferecer. Acredito que eles descobrirão um universo maravilhoso e totalmente novo dos sistemas marciais convencionais. Convido também os leitores a conhecerem meu site onde trago assuntos relacionados a artes marciais e filosofia oriental em geral:  www.hudsonwillian.com.br
 Saúde e Paz a todos.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Você praticante de Artes Marciais – Será que você aplica seu treinamento?

Olá, amigo leitor. 
Vez por outra me pego em devaneios pensando sobre minha vida marcial até hoje. Quando isso me acontece entro na rede, ligo para meu Professor ou para meu Shifu (neste caso falo do mestre diretamente) e faço perguntas pertinentes ou mesmo digo o que tenho sentido para após suas opiniões sobre o assunto, poder ter uma resposta minha da situação. 
Em um destes momentos conversei com meu Shifu e ele me indicou o texto abaixo para ler, entender e depois formar melhores opiniões sobre minha vida marcial e quem sabe até mesmo minha vida pessoal. 
Confesso que o texto no início me assustou pelo título, mas que ao término de sua leitura, consegui dentro do meu ser entender melhor meus sentimentos e me firmar mais ainda nos conceitos que aprendi com meu Professor e meu Mestre.
Abra sua mente e leia sem medo de ao fim do texto postar sua opinião, tecer seu comentário...

  Praticante de Artes Marciais – Será que você aplica seu treinamento?(Por Mestre Hudson Willian)

Inicialmente cumpra salientar que este artigo não deve ser encarado de forma ofensiva a nenhum praticante, seja qual for sua modalidade marcial. Antes deve servir como motivo de reflexão para posterior conclusão.
Seguindo o padrão chinês de autoconhecimento devemos partir do seguinte principio:
1 – Ouvir o ensinamento sem questionamento;
2- Aplicar o ensinamento;
3- Concluir mediante os resultados obtidos, livre de conceitos antecipados (pré-conceitos);
4- Usar o ensinamento para sua vida ou descartá-lo.
O modelo acima exposto pode ser definido quando você recebe o seguinte convite:
“Antes de experimentar o meu chá, deverá esvaziar sua xícara, e deitar sobre ela o chá servido, desta forma poderá saborear este novo chá e com isso, concluir sobre o novo sabor degustado”.
Vamos direto ao ponto em que eu quero chegar...
Para que o leitor possa entender como é a filosofia chinesa de aprendizado, precisa entender que deve se libertar completamente de sua opinião e conceitos antecipado ficando livre, limpo, como uma xícara que está a receber um novo chá. E assim, o leitor irá saboreá-lo livre de sabores anteriormente conhecidos, desta forma, ao termino da experimentação, poderá concluir se esta experiência é ou não satisfatória podendo, a partir deste momento, formar sua convicção. Desta forma, antecipadamente, mesmo que o titulo da matéria possa inicialmente parecer meio ofensivo, abaixe sua guarda, leia o que tenho para você, experimente e após conclua, seguindo o método chinês de desenvolvimento humano.
Começarei a exemplificar, pois assim conseguirei explanar sobre o assunto o qual pretendo levá-los a meditação. Um praticante de Jiu-Jítsu é precoce em seu treinamento, ou seja, ao dar início em sua sessão de treino, levando em consideração uma aula breve de apenas 1 hora de treino, inicia com um aquecimento geral, especifico de articulações, alguns exercícios de alongamento e fortalecimento, logo após, inicia o treinamento técnico. Importante frisar que este treinamento técnico é exatamente o que ele fará no momento da luta, ou seja, desde o inicio, após o aquecimento, fortalecimento geral e alongamentos de praxe, segue se a parte efetiva. Digamos que este treinamento seja baseado em um período de 60 minutos. O máximo que será utilizado para este conjunto de coisas que precederão a parte técnica, não passará de 1/4 desta hora, ficando em media 3/4 de seu tempo voltado exclusivamente para o mais importante, ou seja, as técnicas voltadas para a luta.
Mais uma vez, sou forçado a fazer com que o leitor examine outra modalidade de luta, o treinamento de boxe inglês. Neste, após os aquecimentos e alongamentos comuns as praticas desportivas, salvo treinamentos mais específicos, quer sejam na busca de condicionamento ou ainda resistência física, em seguida, o praticante veste suas luvas e vai para o saco de pancadas, treina com sparings, luvas de foco, aparadores e então vai para a luta efetivamente, quer seja fazendo uma sombra ou combate.
Seguindo este mesmo diapasão, cito mais um exemplo como é o caso do Muay Thai, uma arte marcial que não dispõe de “formas” (também conhecidas com Kata, taolu, kati, punse, etc.), desta forma o praticante vai direto ao ponto, sem rodeios, em busca do objetivo almejado, ou seja: o combate. Eu poderia ficar por horas citando exemplos, tais como o Kickbox, o Judô etc. etc. e etc.
Saindo da seara da arte marcial, podemos ir ao futebol, ao basquete, ao tênis, a natação enfim, a muitos outros métodos ou ainda estilos de esporte. O que quero frisar, é que em todos os exemplos citados, invariavelmente vai-se direto ao ponto. Porém observo, em especial nas artes marciais chinesas, que a realidade não é bem assim... Veja bem, não estou generalizando, mas confesso que conheci um número muito pouco expressivo que contraria o que vou explanar agora, uma porcentagem inferior a 1%.
Vamos levar em consideração uma mesma aula de 60 minutos como usei de exemplo acima, porem desta vez, no âmbito do Kung Fu. O praticante inicia o treinamento como as demais, fazendo alongamentos, aquecimentos, técnicas de força, explosão, condicionamento etc. E assim, vamos reservar ¼ deste tempo para estas atividades iniciais. Na seqüência, o praticante inicia um treinamento de “formas” cujo termo correto em chinês é Taolu. Porém, somente no Brasil, durante anos foi utilizada a expressão Kati que na verdade era apenas uma “cópia” com pequena alteração do termo KATA, do Karatê. Dependendo de seu nível de conhecimento, este praticante pode conhecer mais de dez formas diferentes só de mãos livres! Após as Taolus de mãos, o mesmo praticante iniciará um treinamento voltado para armas, iniciando desta forma, mais uma serie de “formas” de armas que poderão ser varias, também dependendo de seu nível de conhecimento associado ao seu estilo. Ainda nesta esfera, podemos enquadrar os “Tuichas” (luta combinada) que poderão ter uma enorme variação e que são comuns na maioria dos estilos chineses. Após todo este ritual (que quando bem aproveitado este tempo já se passaram ¾ da aula), somente após todas estas etapas, é que se iniciam os treinamentos efetivos para luta. Importante salientar que treinamento para luta é para luta, as formas não servem para lutar propriamente dito, mas sim, para preservar a essência das técnicas do estilo e ensinar movimentos “QUE DEVERÃO SER UTILIZADOS PARA LUTAR” e que ainda assim não Taolu não é luta! As Taolus podem até serem considerados atos preparatórios para a luta, mas não são a luta propriamente dita.
O melhor método para treinar para natação é nadar! O melhor método para se treinar para futebol é jogar! Lutar não é diferente! Desta forma, quando então teremos um praticante de Kung Fu nestes moldes preparados para um efetivo combate? Não é a toa que entre os lutadores profissionais, o Kung Fu não tem prestigio algum. Isto porque os mesmos lutadores não vêem aplicabilidade nos treinamentos e invariavelmente não se tem lutadores expressivos nesta modalidade. Quantos lutadores expressivos nós temos hoje em dia de Muay Thai? Jiu-Jítsu? Boxe? Vários!!!  E do Kung Fu?
Pois bem, será que esta já não seria hora de repensarmos sobre os métodos de treinamento?
Alguém conhece um lutador de Kung Fu que com sua poderosa Garra de Tigre nocauteou um lutador de Muay Thai? E com suas velozes pinças de Louva-a deus, feriu mortalmente um praticante de Jiu-Jítsu? Ou ainda com sua poderosa palma de Budha deixou em coma um boxeador por dois dias? Por gentileza, me apresentem, pois eu não conheço... Necessário salientar que não é a arte marcial que não funciona, mas sim seus métodos de treino que foram perdidos no tempo, em algum momento, por algum motivo e os atuais métodos hoje não funcionam mais.
O que quero que seja motivo de reflexão é que um lutador de Kung Fu hoje em dia quando se apresenta para luta, seja ele de que estilo for, irá aplicar os seguintes golpes: soco reto, soco direto, cruzado, gancho, chute reto, chute circular, chute coxa etc., mas cadê a feroz Garra da Águia? O Punho da Pantera? O eficaz Bico da Garça? De que serviu o treinamento intensivo de formas, já que agora não conseguem aplicar? Alguma coisa esta errada...
Mas não vai muito longe. Faço neste momento um apelo em especial aos praticantes de Wing Chun, onde muitos se vangloriam por achar que fazem um estilo especial, poderoso, destruidor, que está acima do bem e do mal... Pois bem: E vocês, conseguem aplicar o que treinam? Faça um convite a um boxeador para uma luta, veja se seu “Pak Sao” defende um poderoso direto dele, se seu “Tan Sao” segura um poderoso cruzado, se o seu soco o nocauteia... Pois é... Este é um desafio que se você fizer poderá se chocar... Fácil é o “Tan Sao” funcionar na aula, junto com seu professor, defendendo um golpe programado, seu “Pak Sao” estar pronto para tirar o golpe combinado, porem, e na real? Será que consegue aplicar? È de se pensar... Mas ainda melhor que pensar é testar, aplique! Faça o teste! Conheça-te!
Estou aqui para mexer com o âmago de seu ser, te levar a uma reflexão profunda, fazer você rever seus conceitos. Lembre-se do que falei no inicio da matéria. Não me condene. Não me ataque. Antes, jogue seu chá e experimente o que ofereço. Ao longo de minha jornada sempre vi grandes expoentes do cenário marcial do Kung Fu a nível nacional e até mesmo internacional quando em momentos de luta, cerrar seus punhos e aplicar Socos de Boxe Inglês, chutar como um Boxer Thay ou ainda um Kickoxer. Cadê o poderoso salto do dragão, a famosa técnica Tigre desce a montanha, o tão aclamado punho do Sol? REFLEXÃO! E AÇÃO! Vejo Mestres de Wing Chun que não lutam Wing Chun, Vejo mestres do estilo da Serpente, da Garça, do Tigre que não usam as técnicas de seu estilo, então pergunto: Para que dedicar-se tanto aos fundamentos na pratica das “formas” se na hora da luta vira um Kickboxer? Sejamos sensatos então, vamos treinar soco e chute, nada mais.
Talvez por isso o Sanda esteja tão em alta, pois vai direto ao ponto, pula os métodos antigos que hoje em dia fazem parte de um folclore marcial. Talvez por isso, hoje em dia a Confederação Brasileira de Kung Fu e suas filiadas estaduais não tenham mais as competições de Kung Fu tradicional modalidade de Combate, e tão pura e simplesmente o Sanda, ou seja, o Kickboxing Chinês. Nada contra ao Sanda, pelo contrario, vamos ser precoces na luta como o Jiu-Jítsu, o Muay Thai e etc. Neste ponto o Sanda esta recuperando a moral do Kung Fu...
Porem, dentro do Kung Fu tradicional, posso lhe assegurar que nós da Applied Wing Chun aplicamos nossas técnicas e a fazemos funcionar. Durante meu treinamento na China contra os lutadores profissionais de Muay Thai eu não tinha opção, ou seja, ou meu Wing Chun funcionaria, ou minha cabeça ia ser arrancada de meu corpo. Não havia meios de usar as técnicas iguais a deles, pois eles eram superiores. Desta feita, se tudo o que sempre treinei dentro da Applied Wing Chun não funcionasse, eu estaria em sérios apuros. Escolhi e fazer o teste e estou aqui para contar a historia e como estamos em tempos modernos, não só conto a historia, como mostro meus vídeos. E você? Já testou seu treinamento e conhecimento para nos contar e mostrar os resultados? Não precisa me responder, pois esta resposta só interessa a você e a ninguém mais. Um dos ditados do Kung Fu que muito me impressiona fala sobre isso:
“Crie um filhote de gato entre Tigres e este será um Tigre. Crie um filhote de Tigre entre Gatos e este será um Gato.” 
Vai continuar a se esconder de si próprio? Experimente meu chá, mas antes esvazie sua xícara.
Quem é quem?
(por: Shifu Hudson Willian – Mestre da 9º Geração de Wing Chun – Applied Wing Chun Brasil)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Filosofia.. (Não quero ofender ninguem, sou evangélico, apenas posto algo que é interessante)

        "Toda crença é respeitável, quando sincera e conducente à prática do bem. Condenáveis são as crenças que conduzam ao mal."


 


Com esta frase acima eu inicio meu novo post, que provavelmente causará alguma crítica, mas sou insistente em dizer que não tenho aqui a intenção de ofender qualquer religião ou filosofia de vida, apenas estou postando sobre o assunto para que o espaço utilizado por mim na web seja de maior significado possível assim como de maior ocnteúdo interessante.
   Deixo aqui meus comentários, cabe a cada um de vocês irem buscar mais do assunto, fazendo com que sua curiosidade literária seja aguçada, ajudando em seu crescimento intelectual.
  Decida por si só, ou leia mais sobre tais assuntos:
   
 Deus: São Seus atributos revelados na Sua criação?
 
 
Será que Deus existe? Em caso afirmativo, quais são Seus atributos? Ele é um Deus de amor? Ele é um Deus irado? Ele é passivo e complacente? Ele tem revelado Sua atitude? Saulo de Tarso, conhecido como o Apóstolo Paulo, um teólogo do primeiro século, escreveu para a igreja cristã em Roma: "Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis" (Romanos 1:20). De acordo com Paulo, se fizéssemos uma investigação imparcial do mundo que nos cerca, poderíamos determinar a existência de Deus e Seus atributos pela mera observação das coisas da natureza. Em essência, podemos descobrir o Criador ao examinar a criação.
    Deus: Necessidade ou Conveniência?

   Esta eu deixo para que cada um busque sua resposta e se possível venha posta-la nos comentários abaixo do post. 

  Deus: Conceito & Design Revelados!

Será que enxergamos a grande obra de Deus? Durante milênios, a humanidade desenvolveu uma apreciação da beleza e complexidade do universo. No entanto, não foi até 1953, com a descoberta da estrutura da molécula do DNA por James Watson e Francis Crick, que a humanidade finalmente começou a entender o design incrível que permeia toda a vida. Quem verdadeiramente investiga o mistério da molécula de DNA – este incrível micro-sistema digital e redundante de armazenagem e recuperação, com corretor de erros e a capacidade de auto-duplicar-se, possuidor de sua própria convenção de linguagem e do potencial de desenvolver qualquer organismo a partir de material biológico bruto – entende que a vida é o resultado de conceito e design. Ciência da Informação nos diz que conceito e design só podem resultar de uma mente. Portanto, um Criador é o padrão científico de tudo o que vemos. A menos que a humanidade seja capaz de identificar um mecanismo natural pelo qual o universo poderia ter criado a si mesmo, um Criador é necessário.


    Deus: Validado pela Investigação Científica
 
   O texto abaixo é para mostrar-lhes que deus existe e que a ciência provou isso, porém gostaria que vocês procurassem outras formas de mostrá-lo como existente e que estas outras formas não sejam por meio da Bíblia que é a maior prova da existência de Deus.

* O texto abaixo foi extraido do original
Em uma tentativa de refutar a necessidade de Deus, o estudante de pós-graduação Stanley Miller executou o famoso Miller-Urey experimento, conhecido como "faísca e sopa", em 1953. Miller baseou a sua experiência nas observações feitas por Harold Urey em 1952 sobre as condições atmosféricas necessárias para a geração espontânea dos "blocos de construção" da vida. O resultado irônico da obra de Miller foi a validação do argumento da Criação. Urey demonstrou que as pressupostas condições atmosféricas da terra primitiva eram letais para os "alicerces" da vida. O oxigênio destrói aminoácidos. No entanto, sem oxigênio para desviar os raios ultravioletas, UV destrói aminoácidos. Assim, a vida não pode se desenvolver como resultado de geração espontânea, com ou sem oxigênio. A geologia indica que o oxigênio tem sempre sido uma parte da atmosfera da terra (cada camada dos estratos, incluindo as camadas mais baixas, são compostas de rocha oxidada). Além disso, Miller demonstrou que a Geração Espontânea cria material letal para os "blocos de construção" da vida. O experimento de Miller-Urey produziu 85% de alcatrão, substância tóxica para a vida. Na verdade, o experimento de Miller produziu apenas "blocos de construção" de aminoácido em quantidades muito pequenas (cerca de 1,9% do produto total), mas eles mesmos eram prejudiciais à vida devido à sua composição estrutural. O princípio do "quiralidade" exige que todos os aminoácidos nas proteínas sejam 'canhotos', enquanto que todos os açúcares no DNA e RNA sejam 'destros'. O experimento de Miller produziu uma quantidade aproximadamente igual de material canhoto e destro, estabelecendo assim o absurdo matemático de tentar criar até mesmo os elementos básicos da vida a partir de um processo de "faísca e sopa". Miller também demonstrou a necessidade de informação em seu processo projetado. Miller realizou o experimento duas vezes, uma vez sob condições "naturais" aleatórias, e uma segunda vez através de uma "armadilha" sintética para prevenir que os aminoácidos resultantes fossem eletrocutados e destruídos por faíscas sucessivas. O primeiro teste, aquele que representou o acaso "natural", não produziu aminoácidos. Assim, a ciência, mesmo em uma tentativa de refutar Deus, demonstrou ainda mais a necessidade de um Criador.

   *É fato que praticamente todos nós acreditamos que Deus existe, este post é apenas para atiça-los a ler mais.. ABíblia é o melhor livro que já li, porém há aqueles que não a leem e sendo assim os que gostam de filosofar, tentem aprender mais sobre um assunto antes de falar e com certeza terão discussões bem mais saudáveis e frutíferas  (Everaldo)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Internato Applied Wing Chun


25 de Julho, um dia especial - Um novo conceito marcial me é mostrado
A primeira experiência com a Applied Wing Chun, um kung fu totalmente autêntico e aplicável

Olá a todos os alunos, colaboradores, professores e leitoras apenas deste singelo espaço...
Peço desculpas pelo sumiço e pela demora para postar algo. Mas venho em seguida de maneira muito feliz expressar minhas opiniões sobre os novos conceitos que descobrir e aprendi sobre artes Marciais.
Primeiramente, gostaria de agradecer a meu Professor de Hung Gar, Carlos Antônio da Silva pela confiança e pela compreensão de minha eterna busca por conhecimento a qual me levou a expressar ao mesmo minha curiosidade em conhecer de perto (pessoalmente) o Sistema Applied Wing Chun Brazil, ministrado no Brasil por alguns mestres que tiveram a honra de aprender com o Sikung Li Hon Ki. Dentro deste Sistema, aprendi a respeitar muito vários destes Shifus durante minha vida no Hung Gar e Boxe Chinês, porém de um ano mais ou menos para cá, ao conhecer o Shifu Hudson Willian, tive a oportunidade de me envolver um pouco mais profundamente com o assunto.  
Shifu Hudson me fez o convite para treinar em seu Mo Kwoon a caráter de refinar meu Hung Gar assim como também abriu as portas para que eu pudesse aprender, caso eu aceitasse e estivesse pronto, o seu Sistema Applied Wing Chun, que foi refinado pelo próprio Sikung Li Hon Ki. Mais que prontamente recebi a oferta como uma honra e fui conversar com meu Professor de Hung Gar, afim de não gerar qualquer tipo de desavença entre mim e o mesmo ou entre os Professores em questão (como eu entendia e chamava antes em minha pequena compreensão qualquer um que fosse avançado e tivesse o direito de ensinar Kung Fu).  
Tal foi minha surpresa ao ouvir de meu Professor Carlos um sonoro “vá em frente e aprenda! Melhore o que já sabe e aprenda mais. Não há por que de proibi-lo de querer ser alguém melhor para o Kung Fu, alguém mais preparado para o conhecimento que nossa arte proporciona tanto mental como espiritualmente. Vá, dê minhas palavras de amizade ao Mestre Hudson e aprenda o máximo que puder, porém cuidado, pois o tempo de treino é muito grande diariamente e você pode não suportar as lesões ou a fadiga a que seu corpo será submetido nestes dias. Recomendo cuidado!”
 Agradeci pelo voto de confiança mais uma vez me dado e sem pestanejar, liguei o Shifu Hudson, em Bauru e combinei a data para Julho, onde exatamente dos dias 25 de Julho a 04 de Agosto, participei do chamado processo de Imersão, onde treinei por dez dias sendo dez horas diárias. Aprendi novos conceitos sobre filosofia, sobre arte marcial, sobre respeito e honra, sobre conhecimento interno e externo, conversamos sobre amizades verdadeiras e falsas (como descobri-las antes de nos fazerem algum mal), sobre Deus, sobre religião, formas e Principalmente Aplicação das técnicas apresentadas nas mesmas, MTC e também sobre as origens, verdades e mitos do Sistema Wing Chun. Conheci boa parte senão toda a Família Applied Wing Chun que é supervisionada pelo Shifu Hudson e fui muito bem recepcionado e tratado pelos meus novos irmãos sendo que isso me abriu mais um espaço na mente, uma nova visão sobre o termo família (ou clã, como alguns poderiam dizer de forma mais tradicional), dentro do Kung Fu.
 Applied Wing Chun Brazil, este é mais um caminho que passo a seguir dentro das artes marciais não como substituição ao Hung Gar, mas sim como complemento a mim mesmo para técnicas de luta, filosofia marcial e conhecimento próprio e externo além de lógico, como complemento do que já sei e ainda tenho por aprender dentro do Hung Gar, utilizando o melhor do Termo “aplicação ou Aplicabilidade” nos dois Sistemas. Volto a São Paulo com duas coisas na cabeça: O que é realmente o Hung Gar e o Que foi esse furacão que me atropelou durante os dez dias de aula que tive com meu Shifu Hudson e meu Sihing Eric Murakawa (Sakura), duas pessoas que fizeram maior diferença nestes dias e farão pro resto de minha vida. Mais pra frente em textos do Blog falarei mais desta experiência, porém posso postar aqui neste humilde espaço que graças a Deus consegui chegar ao último dia do Processo e voltei a São Paulo pronto e autorizado a começar a divulgar publicamente o Sistema Applied Wing Chun ao qual agora faço parte da família e trabalho com Alvará próprio sob supervisão do Shifu Hudson Willian.
  Deixo aqui novamente meu sincero respeito e agradecimentos a todos que fizeram ou fazem parte de minha vida marcial e pessoal, acreditando que tenho potencial para o mesmo e nunca me abandonando em meu caminho. Destas pessoas destaco hoje meu Professor Carlos Antônio, meu Sihing Sakura (nas fotos comigo), meu Shifu Hudson Willian e lógico meu Sikung Li Hon Ki aos quais desejo intensamente longa vida.                       
                 







                           Sihing Everaldo Feitosa dos Santos
                                                São Paulo 25/08/2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mais um Aniversáriante


Mais uma primavera.
Bom tarde, amigo leitor e seguidores desta singela web Page. É de praxe nas escolas de Kung Fu haver algum tipo de homenagem aos seus alunos quando os mesmos alcançam algum nível diferente em algo.
Pois bem, na última sexta feira, 26/08 a aluna Juliana Bueno Dallecio, obteve um nível a mais em sua vida.
Completando 36 anos de vida e 9 meses de Kung Fu, a mesma merece nossas homenagens.


Parabéns Juliana, parabéns minha esposa.

Compreendendo melhor o Wu De ( Wu Te) Parte I

Wu Te (Wu De): A Virtude e a Ética Marcial

Este é um resumo do código de conduta estabelecido para os artistas marciais praticantes das artes desenvolvidas na China.

A moralidade marcial cobre duas áreas principais: as ações e a mente do praticante.

Wu De é o código que abrange a conduta social adequada aos praticantes de Artes Marciais. Na China. Este código rege a conduta da sociedade como um todo.

            Existem cinco pontos que são abordados no Wu De: Respeito, Humildade, Confiança, Virtude e Honra.
           
“Antes de aprender a técnica, aprende-se a etiqueta; antes de praticar as artes marciais, pratica-se a moral”.  Mesmo não sendo um Mestre Zen, posso tranquilamente traduzir o texto acima da seguinte forma (que me foi passada quando do início de minha prática marcial mais de uma década atrás):
 “Primeiro aprenda a ficar de pé, depois a caminhar com equilíbrio, para, só então, poder correr rumo ao seu destino”. Faça destas palavras sua meta pessoal em tudo e terá com certeza, um caminho com amplitude de visão muito superior a que possuía antes. Verá a vida de forma mais simplificada, seja você um artista marcial ou apenas alguém procurando viver de forma mais tranqüila.
Na Cultura Chinesa... 
O código de ética e moral é uma área muito ampla, podemos falar do código de ética e moral dentro da tradição das artes marciais. Claro que isto deveria fazer parte de todas as ocupações. Por exemplo: na educação, os professores têm o dever de promover os valores sociais apropriados, conhecimento e o desenvolvimento físico de seus alunos. Nas artes marciais existe uma qualidade inata requerida que é o  caráter, um padrão de comportamento comum.
 
No passado, os alunos tinham que respeitar o seu professor e o professor, por sua vez, tinha a responsabilidade de cuidar dos seus alunos. Se ampliarmos a nossa visão isto quer dizer que a geração mais nova deve respeitar os mais velhos e os mais velhos tem a responsabilidade de cuidar dos mais novos. Nos tempos feudais você tinha que ser leal àquele acima de você. Isto era um elemento fundamental na sociedade tradicional e, claro, há muitos aspectos a serem observados nisto. Beneficiar-se a si mesmo fazendo mal aos outros não é aceitável. Pense neste exemplo: se você tinha alunos que adotava como discípulos, eles não poderiam se envolver em nenhuma atividade criminal. Na tradição marcial se esperava que alguém fosse justo para beneficiar aos outros. Só porque alguém era talentoso na arte marcial isto não queria dizer que pudesse fazer o que bem entendesse, ou seja, esta pessoa deveria ser leal e verdadeira.
           
            Na sociedade feudal, eles costumavam falar sobre os valores na família:
  • Lealdade aos pais;      
  • Cuidar das crianças;
  • Respeito por seus cônjuges.
Na tradição marcial, quando cumprimentamos, temos que cobrir o punho com uma palma aberta como gesto de humildade e respeito. Esta é a idéia principal: não agir agressivamente e tirar vantagem das habilidades de alguém para fazer coisas más. Uma pessoa deve ter caráter, ser justa e correta. Como costumavam dizer "esta é a diferença entre um cavalheiro e um homem comum."

Respeito e tolerância são cruciais: não devemos tirar vantagem de um grupo por este ser pequeno e mais fraco. Estas são idéias gerais. Hoje em dia, nossa prática não é apenas marcial, se desenvolveu como uma disciplina com propósitos múltiplos, mas as virtudes tradicionais ainda se aplicam: seja humilde, honre os mais velhos, cuide dos mais novos, não tire vantagem dos mais fracos. Mesmo que as suas habilidades sejam muito avançadas, não se torne orgulhoso.

Mesmo que você seja o melhor, com certeza haverá alguém melhor do que você e, ainda, alguém melhor do que isto. Você tem que ser humilde. Sabemos, porém, que estes pontos se desenvolveram a partir de uma tradição de luta, onde, no contexto social maior, muitas vezes é difícil de evitar conflitos.

Tendo em vista a realidade atual do mundo a nossa volta, podemos citar abaixo algumas características do Wu De, para que o praticante, curioso, estudioso ou apenas aqueles que são meros leitores desta singela página da web, possam adquirir conhecimento seja para uso pessoal, intelectual ou apenas para guardar e consultar.

Este é um resumo do código de conduta estabelecido para os artistas marciais praticantes das artes desenvolvidas na China. 
A moralidade marcial cobre duas áreas principais: as ações e a mente do praticante.
Respeito
  • Ter uma qualidade inata de caráter;
  • Padrão genérico de comportamento;
  • Respeitar o professor, assim como o professor tem a responsabilidade de respeitar e cuidar dos alunos;
  • O relacionamento de respeito com o mestre deve ser como de pai e filho;
  • Honrar os mais velhos;
  • Não se deve criticar os outros estilos;
  • Respeitar o oponente, ser franco e honesto.
Humildade
  • Se a pessoa é mais forte e mais hábil que os outros, ela não pode tirar proveito das pessoas mais fracas;
  • Ser modesto;
  • Não deve ser competitivo;
  • Não se pode ser orgulhoso, mesmo quando possuir habilidades muito avançadas.
Retidão 
  • Beneficiar-se prejudicando os outros não é aceitável;
  • Deve-se ter caráter, ser justo e correto, (alunos não têm permissão de cometer atividades criminosas); 
  • Se você não for correto consigo mesmo, os outros também não serão.
Lealdade 
  • Ser leal à pessoa acima de você. (Este é um elemento fundamental);
  • Ser leal a associação que faz parte, mestres, professores e colegas;
  • Ser leal as técnicas, estatutos, juramentos e disciplinas;
  • Ser leal aos seus familiares;
  • Ser verdadeiro.
Cultivo moral    
  • Não usar a arte marcial para fazer figura ou fazer comparações de bravura;
  • Usar a arte marcial para suprimir a violência.
Determinação
  • Estabelecer suas próprias habilidades através do estudo e da prática;
  • Buscar sempre um Auto-aperfeiçoamento;
  • Cultivar as virtudes;
  • Esforçar-se sempre para atingir a perfeição – “só a pratica leva a perfeição”;
  • Não desistir sem antes tentar.
Resistência 
  • Ter como objetivo fortalecer o corpo;
  • Procurar ao máximo praticar;
  • Não deixar que pequenos obstáculos como pequenas dores e medos atrapalhem seu desenvolvimento.
Perseverança e aperfeiçoamento
  • Atenção aos detalhes;
  • Cultivar a calma e o equilíbrio; 
  • Dar igual atenção à prática e à teoria;
Paciência 
  • Não agir agressivamente;
  • Respeito e tolerância são cruciais;
  • Buscar a quietude;
  • Ficar calmo e centrado.
Coragem  e Confiança  
  • Ser valente para manter a justiça;
  • Defender a própria vida e ajudar outras pessoas a defender a justiça.
Benevolência 
  • Atos virtuosos que beneficiem os outros;
  • Cuidar dos mais jovens e não tirar proveito dos fracos;
  • Desenvolver uma moralidade benevolente.
Valores de família 
  • Lealdade aos pais;
  • Zelo pelas crianças;
  • Respeito e lealdade pelos cônjuges.
Promover a saúde  
  • Cuidar da saúde física, mental e espiritual;
  • Buscar o Auto-controle;
  • Cuidar da alimentação (nós somos o que ingerimos);
  • Buscar ter sempre um corpo forte e saudável.
União 
  • Devemos nos esforçar pela unidade;
  • Equanimidade;
  • Cooperação;
  • O grupo de prática deve ser como uma grande família. Todos se interessarem um pelo outro e se ajudarem.

Consciência política: 
  • Ter consciência política;
  • Cuidar do País;
  • Ter conhecimento das leis do País, respeitá-las e defendê-las.
 Postura 
  • Ser modelo de vida;
  • Manter em você mesmo as virtudes tradicionais do respeito e da humildade; 
  • Não consumir bebidas alcoólicas excessivamente;
  • Não ser briguento;
  • Não se pode correr atrás da fama;
  • Nem ser arrogante e impulsivo;
  • Não se pode mentir;
  • Nem praticar fraude;
  • Devem-se respeitar os professores e colegas;
  • Não se podem usar as artes marciais para infernizar a vida de outras pessoas.
Espiritualidade
  • Desenvolver a espiritualidade;
  • Buscar o aprimoramento da fé.
Desenvolvimento mental
  • Procurar o aprimoramento mental.
  • Concentração;
  • Buscar aumentar e controlar o Chi (a energia interna que todos possuímos).
  • O professor tem o dever de promover valores sociais apropriados, o conhecimento e o desenvolvimento físico de seus alunos.
  • Aqueles que violarem estes preceitos devem ser rejeitados.
*          A postagem acima é fruto de minhas conclusões pessoais que obtive após diversas pesquisas e leituras sobre o assunto, das próprias leis em que concerne o Wu- De e de buscas em outras páginas da web e também das conversas com meu Professor e meu Shifu. Insta salientar que as conclusões que obtive são minhas, porém, condizem com as de outros praticantes, mestres e também estudiosos da tradição e arte Marcial Chinesa.